TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO AUTOR(ES): PLINIO CROCE, ROBERTO AFLALO, GIANCARLO GASPERINI DATA DE PROJETO: 1971 LOCALIZAÇÃO: AV. PROF. ASCENDINO REIS, BAIRRO VILA CLEMENTINO, SÃO PAULO, SP. FONTES DE PESQUISA: XAVIER, 1983, P.143. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.169 |
No fim da década de 1960 e já entrados os anos 1970 a monumentalidade e a busca de conformar “soluções peculiares” é cada vez mais buscada no projeto de edifícios para fins institucionais, em consonância com espírito ufanista e grandiloqüente daquele momento, contraponto entusiástico da situação de ausência de liberdades civis que o país então vivia, tensão que se manifesta indiretamente na arquitetura, em especial naquela destinada a usos institucionais. Por outro lado, esta obra dá seqüência a uma pesquisa arquitetônica de seus autores, sincrônica a busca semelhantes então empreendidas por boa parte dos arquitetos em atividade naquele momento,no Brasil como em todo o mundo, independentemente de filiação política ou situação geográfica. Um dos temas da época era a possibilidade de definir os elementos verticais de circulação e serviços concomitantemente como elementos portantes, quais “colunas ocas” suportando todo o edifício sem a necessidade de outros apoios. Idéia que o escritorio Croce, Aflalo & Gasperini vinha explorando desde o projeto do Edifício Peugeot, em Buenos Aires (1961), e que comparece em obras como o Yamanashi Press & Radio Center, Kofu, (1961) e o Shizuoka Press & Broadcasting Center, Tóquio, (1965), ambos do arquiteto japonês Kenzo Tange. O edifício do Tribunal de Contas, de planta quadrada, três pavimentos e programa relativamente restrito, adiciona à ousadia estrutural da coluna portante oca o formato piramidal invertido, com as plantas dos pavimentos aumentando à medida que o edifício ganha altura; formato em taça que também estava sendo explorado naquele momento como possibilidade estrutural e formal em vários exemplos, como o projeto do Centro Musical da Barra (1968) de Oscar Niemeyer, na Biblioteca Pública de Buenos Aires (1962) de Clorindo Testa (com F.Bullrich e A.Cazzaniga). A extrema autonomia desse objeto arquitetônico é reforçada pelo seu forçado isolamento do entorno pouco significativo, cuja mediocridade é ressaltada ao abrigar uma obra de tal imponência. |
FOTOS:
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
PAULA MASTROCOLA
FONTE: Catálogo da Exposição Croce, Aflalo & Gasperini, IV Bienal Internacional de Arquitetura, São Paulo, 199, p.27 |
LOCALIZAÇÃO:
DESENHOS TÉCNICOS: PAULA MASTROCOLA
Planta
Corte
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial 3.0 Unported License. |