INSTITUTO MUNICIPAL DE COMÉRCIO
AUTOR(ES): DÉCIO TOZZI
DATA DE PROJETO: 1967
LOCALIZAÇÃO: AV.SENADOR FEIJÓ, CENTRO, SANTOS, SP.
FONTES DE PESQUISA: CBA Nº4, P.18, 1978.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.131

Em terreno de esquina junto ao centro histórico de Santos, a proposta adota um térreo elevado público sobre um pavimento semi-enterrado conformando uma plataforma habitável que gera uma praça de fácil acesso, pondo em destaque o volume elevado das salas de aula. Este tem desenho conformado pelo corte típico: nível superior com corredor central dando acesso a salas de aula dispostas em anfiteatro dos dois lados, todos os ambientes sendo iluminados apenas zenitalmente por meio de sheds pontuais sobressalentes com abertura voltada para a melhor iluminação. O pavimento inferior a este é mais curto e menos largo, posicionando-se sob a “sombra” do pavimento superior, deixando ressaltar o denteado inferior das arquibancadas das salas-anfiteatro, e abriga salas de aulas práticas com acesso por corredor situado lateralmente. O pavimento inferior a este já é a praça, onde estão apenas os apoios da estrutura e das escadas de circulação; um recorte na laje, no espaço entre os eixos dos pilares, comunica a praça com o pavimento semi-enterrado que abriga serviços, auditório e áreas administrativas.

A estrutura em concreto aparente do edifício define os ambientes. Dois eixos longitudinais de pilares centralizados e afastados de mais ou menos 6.5 m definem a dimensão do corredor central do pavimento elevado, sustentando o piso dos anfiteatros e suas empenas laterais, que funcionam como lajes/vigas da estrutura portante, amarrados pela cobertura vazada pelos sheds. A laje inferior das aulas práticas apóia-se nos pilares com balanços para os dois lados. As escadas e os blocos dos sanitários têm estrutura independente; os apoios sustentam também a laje da praça, amparada em pilares dispostos apenas no pavimento semi-enterrado.

A relativa semi-independência entre as partes que compõem o edifício elevado, a quebra da simetria no pavimento das aulas práticas e a disposição das escadas propicia uma complexa interação dos volumes e dos vazios criando jogos dinâmicos de luz e sombra que enfatizam a textura monocromática do concreto aparente. Os ambientes se comunicam verticalmente por rasgos nas lajes, seja no corredor do pavimento elevado para o pavimento das aulas práticas, seja da praça para o nível inferior, ao mesmo tempo deixando passa ar e luz.

 

FOTOS:


CARLOS ALBERTO FERREIRA


CARLOS ALBERTO FERREIRA


CARLOS ALBERTO FERREIRA


CARLOS ALBERTO FERREIRA


CARLOS ALBERTO FERREIRA


CARLOS ALBERTO FERREIRA

 
Fonte: CBA Nº4, P.18, 1978    

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS:


Fonte: CBA Nº4, P.18, 1978

 

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