CENTRO PAROQUIAL SÃO BONIFÁCIO
AUTOR(ES): HANS BROOS
DATA DE PROJETO: 1965
LOCALIZAÇÃO: RUA HUMBERTO I, BAIRRO VILA MARIANA, SÃO PAULO SP.
FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.344, P.25, OUT. 1967.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.190

O edifício engloba dois programas distintos e complementares: o atendimento à comunidade e moradia dos padres alocados no embasamento inferior aproveitando o forte declive do terreno e a igreja propriamente dita em um bloco elevado, muito fechado e interiorizado, sustentado por apenas quatro colunas periféricas; o térreo intermediário é totalmente livre definindo praça-adro, onde escadas/rampas enclausuradas em um discreto volume envidraçado dão acesso a ambos volumes. O adro e grande recuo da igreja caracterizam um respiro urbano de qualidade sem romper a escala do entorno.

O volume elevado da igreja consiste numa caixa de ~13 x 33 m com altura de 7.20 m e pé-direito livre interno de ~ 5.5 m, apoiada sobre dois pares de colunas periféricas, com ritmo longitudinal de proporção 1:3:1, sendo as duas fachadas longitudinais de concreto armado aparente vigas de altura total, com apenas algumas perfurações de entrada de ar na altura do piso elevado. Junto à fachada posterior sul há um mezanino para o coro acima e dependências de apoio abaixo. O vazio da rampa-escada de acesso exige o reforço de uma viga longitudinal na laje do piso, sustentada por tirantes ancorados nas vigas do teto. A “caixa” é sustentada por quatro pilares de ~ 0.8 x 0.5 m, com uma ranhura na porção externa menor para abrigar os canos de águas pluviais. desçam até os níveis inferiores, essas colunas sustentam somente o bloco elevado, pois o embasamento tem sua própria e independente estrutura de apoio. Os dois pilares anteriores sustentam também a “casa de sinos” elevada, de refinado desenho geométrico.

Exceto por poucas aberturas na fachada posterior a iluminação natural é zenital, sendo os primeiros três espaços entre as vigas transversais superiores fechados com um dispositivo “shed” seguido por dois rasgos zenitais junto às fachadas longitudinais, cujo desenho faz a luz refletir sobre dois planos sucessivos antes de ingressar. Esses mecanismos proporcionam uma iluminação natural suavizada, mais obscura no trecho mais central, e com mais luz sobre o altar. A cobertura em laje mista emprega tijolos furados postos com a face para baixo por razões acústicas, e pratica alguns “furos” cilíndricos na porção central como recursos acústicos.. Os detalhes internos são parcos mas cuidadosamente desenhados, em concreto aparente ou chapa de aço com assentos e encostos em madeira.

 

FOTOS:


PAULA MASTROCOLA


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LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: PAULA MASTROCOLA


Implantação


Planta


Corte


Corte

 

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