ESCOLA MUNICIPAL DE ASTROFÍSICA
AUTOR(ES): ROBERTO GOULART TIBAU
DATA DE PROJETO: 1957
LOCALIZAÇÃO: PARQUE DO IBIRAPUERA, SÃO PAULO, SP.
FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE, N.282, P.181, MAI, 1962. COLABORAÇÃO ARQ.ALEXANDRE LIPAI.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.108

Obra singular que inaugura exemplarmente algumas idéias caras à arquitetura paulista da década seguinte: o “vazio”, interno/externo como recurso compositivo magnificando o valor simbólico da obra eo uso de grandes vãos e balanços nas estruturas de concreto não necessariamente para atender necessidades funcionais, mas como recurso plástico e de expressão de uma vontade experimental, com o fim de criar um marco arquitetônico, escultural e paisagístico. O programa exíguo ocupa uma construção horizontal, estreita e alongada, com térreo ligeiramente elevado, pavimento inferior parcialmente enterrado e terraço superior aberto, organizada internamente em meios níveis dispostos no sentido longitudinal; externamente, taludes, rampas e muros de arrimo de pedra definem patamares que se estendem além e adentro do edifício, configurando espaços onde se misturam o público e o privado.

A estratégia do projeto define, mais do que um edifício, uma área de intervenção, delimitada por dois muros de concreto separados de 65 m, conectados por duas vigas perpendiculares elevadas, afastadas cerca de 12.50 m entre si, conformando um “marco” onde” se situa a laje da cobertura conformada por dois tramos com desnível de 1.60 m entre si, apoiada num dos muros, mas interrompendo-se antes de chegar no outro, de maneira a criar um vazio onde se situa um espelho d’água. As lajes também se apóiam em paredes-pilares intermediários recuadas dos limites do marco, dispostas de maneira arrítmica. As grandes vigas-platibanda também se valem de discretos apoios intermediários sobre a laje do terraço de cobertura. A obra não se explica pela circulação ou pelo atendimento funcional, embora também os realize, mas por uma vontade de exceder-se, de horizontalizar-se ao máximo, de ganhar espaços virtuais, vazios que ao mesmo tempo a conectam e a separam do entorno-parque.

Obra restaurada pelo arquiteto Edson Elito e reaberta em agosto de 2008.

FOTOS:


RAPHAEL FERRARI WITTMANN


RAPHAEL FERRARI WITTMANN


RAPHAEL FERRARI WITTMANN


RAPHAEL FERRARI WITTMANN


RAPHAEL FERRARI WITTMANN


RAPHAEL FERRARI WITTMANN


RAPHAEL FERRARI WITTMANN

 

FOTOS:

Fonte: Acrópole,n.282, mai.1962, p.183 Acrópole,n.282, mai.1962, p.183 Acrópole,n.282, mai.1962, p.181

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: RAPHAEL FERRARI WITTMANN


Cobertura


Planta Pavimento Térreo


Planta Pavimento Inferior


Corte

 

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